segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Por que eu ainda tento?


Essa é uma pergunta que faço todos os dias ainda que não verbalize ou mentalize. Há várias maneiras de se perguntar, sem se perguntar. Quando você se esquiva com medo de fracassar ou de sofrer, é uma maneira de perguntar a si mesmo o porquê de ainda tentar, e mesmo que esteja dando um tempo a si mesmo, você vai tentar que eu sei. Eu sempre tento.

Eu me faço essa pergunta todos os dias e mesmo quando acredito que não posso dar conta da enxurrada de impossibilidades que desaguarão no meu mundo, sobre a minha mente, mesmo assim, ainda tenho alguma força me impulsionando em algum lugar na mente, na alma e no coração.

Sim, a vida é incerta, a morte é a única certeza que se tem e não sabemos quanto tempo há. Tenho escolhas a fazer. Fiz a escolha de não me conformar com uma vida medíocre. É preciso aprender, crescer a vida toda, desistir de planos furados, cultivar os tais sonhos dourados.

Envelhecer é uma benção, a cada dia que se passa, estamos mais próximos de uma resposta definitiva e importante, uma resposta que poderá sanar as dúvidas cultivadas a vida inteira.

Por que eu ainda tento? Porque eu ainda sonho. Porque Deus habita em minha alma. Porque respiro. Porque as esperanças não cessam. Porque descobrir é melhor do que ter certezas temporárias. Eu tento porque sou uma tentativa. Sou uma tentativa de vida dentre tantas outras no Universo e tão frágil, limitada, mas acho, levemente, que existo porque tenho alguma coisa, talvez ínfima, mas que deve ser repassada.

Eu ainda tento. E não sou só eu. Você tem tentado, tem seguido, tem cursado o caminho. Está aí com esperanças mesmo em meio às cinzas.

Ainda tentamos. Ainda temos esperanças, ainda suspiramos e ainda nos desconversamos quando as circunstâncias nos questionam sobre a tal razão das constantes tentativas. Ainda tentamos, apesar dos grandes pesares.

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