segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

UM BRINDE À LOU(CURA)!



Nem dos espertos... Nem dos inteligentes...Tampouco dos mais velozes... Clama-se por loucura  a atitude mais insana, o súbito irreversível, a guerra declarada e exterior. Loucura abrasada que nasce no inconsciente, nos pensamentos mais impensáveis e na coragem em se expor.
A autora aqui vos fala do ímpeto da originalidade, da maluquice que em sua consistência teima em diferir... do óbvio.
A loucura que exala o odor mais delicioso e repugnante, que foge de métodos, que não se limita à nada... absolutamente nada. Loucura incapaz de ser enganada pela mais radical e tola aparência externa.
Os sonhos mais loucos, as formas mais informais... Clama-se por loucura ou a loucura que clama por devotos? À... nada.
Como a normalidade consegue ser irritante, insossa, pálida e fosca! Como é frustrante!
Seguir a ordem deveria causar sensação de bem estar? Mas quanta ilusão  o que causa na verdade é a decepção da estagnação...
A revolução talvez fosse a única forma de trazer a paz aos inquietos de espírito, os chamados loucos. Nem tanto pela vitória, mas pela sensação de ímpeto, de querer passionalmente, de fazer algo que nunca havia sido pensado.
O mundo quer mudanças, mas praticam as mesmas fórmulas, esperam os mesmos resultados  para que haja equilíbrio, linearidade. Bobagem! É do súbito da loucura que provém o sabor inexplicável do “novo”. Ser inteligente, esperto ou veloz... sim, são habilidades encantadoras. Mas quando há loucura, quando não há regras para ser livre em si mesmo  quando não há vozes ensurdecedoras de sábios  sim, onde não há sequer chão é onde se busca àquilo que é novo, onde se colhe do mais alto topo... do nada.
Um brinde à loucura! Que os homens a procurem  porque ser inteligente, esperto ou veloz não é suficiente... É preciso mais “insanidade”, para que se desprendam do chão e colham luzes.
                                                                       
                                                                              

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

ÉTICOS! NÃO TÉCNICOS



 Um conjunto de princípios e valores universais que regem, ou que, deveriam reger as relações humanas. Estou falando de uma linda palavra com um belíssimo significado, mas que tem se tornado clichê em discussões por todo o planeta.
Fala- se de ética nos negócios; fala-se de ética nas Universidades; é muito discutida na política; está presente em artigos na Constituição Federal, etc. Mas por que tanta discussão em torno desse assunto? Por que tornar esses princípios e valores tão técnicos e passíveis de serem “praticados”, mesmo que a conduta do sujeito não seja a mais coerente com a palavra em evidência? Estava refletindo e concluí, o mundo está tão absorto de sensibilidade e as preocupações são a cada dia mais direcionadas àquilo que é medíocre, que tem sido utilizado grande esforço por parte dos seres humanos para “praticar” a ética e mostrar uma boa imagem.
A complexidade dessa palavra, que provavelmente já foi tema de teses e esteve presente em artigos científicos, me assusta. Ética até onde me lembro não seria a consequência da prática da boa educação? Não seria o bom caráter que deveria orientar o consciente e até mesmo o subconsciente sobre o que fazer ou não?
Não seria hipócrita a ponto de invalidar a importância do dinheiro, mas não posso deixar de enfatizar que além da importância do mesmo, existe algo que faz com que o ser humano se evidencie em meio a inúmeros habitantes do planeta, algo que o torne de fato “humano”, gente... algo que dentro dele não o deixa fraquejar , ainda que ele não tenha forças para resistir à força dos “fins que justificam os meios”, algo que chama-se bom caráter; que capta a voz severa e adocicada de alguém que o ensinou... Pode também ser chamado de ética, mas o mais importante é que seja maior do que se é, ou do que aquilo que se acredita ser; que tenha o poder de mudar o curso caso não haja tendência à prática da boa conduta.
É o reconhecimento da palavra “humano” que vem após a dignidade de “ser”, e que faz com que a palavra: “não” seja dita sem que se assuste ao dizer. O importante não é ter o que se quer, e sim, não ter quando querer te invalida como “gente”. Ética não se aprende em cursos ou workshops, é a consequência do bom caráter, que não se compra.