sábado, 23 de março de 2013

MUNDO ACADÊMICO

Universidade!!! Quanta alegria e emoção... e quanta ilusão! Começo com exclamações, aliás, minha pontuação favorita, meu grito textual! Voltando a esse mundo à parte... vamos às lamentações...
Primeira decepção: não era perfeito como eu esperava e nem havia “seres mágicos” ou “mentores” muito preocupados com minha assimilação nas respectivas matérias ou não.           



 Segunda decepção: prazos absurdos, condições demasiadamente inconcebíveis em “meu mundo”. E antes que eu continue a enumerar até um milhão as minhas lamentações, vou sintetizar com minhas limitações. Quando se ama aquilo que estuda, quando se acredita que há vocação (isso é fundamental), tudo pode ser transponível... mas com sofrimento. Às vezes por detalhes tão bobos e frustrantes como uma atividade para que se cumpra o proposto em uma matéria, ou, um trabalho com um tema que foi o máximo que pode escolher dentro do que foi proposto, para que pudesse ter alguma animação em executar... Sim, por esses detalhes ocorre o sequestro à realidade e percebe-se uma condição para concluir o curso escolhido: habitar no mundo acadêmico.
E que mundo é esse? Vou começar pelo espaço físico, aparentemente um recanto de sabedoria e reflexões, e realmente, não deixa de ser apenas pelos “percalços”. Logo depois da percepção física, surge uma condição infernal, grupos: pessoas que não se conhecem e na maior parte das vezes não estão na mesma sintonia e talvez não gostem e não saibam o porquê estão fazendo o mesmo curso que o seu. Muitas vezes você procura encontrar o ponto de equilíbrio e acaba optando por aturar o “fardo” até o término do semestre, na esperança de que no próximo semestre a sorte poderá mudar. Trabalhos extremamente complicados que muitas vezes fogem do bolso e que estão além da realidade, se tiver um bom tema: doce sacrifício; se tiver um tema preestabelecido: infernal.
Mas não posso deixar de relatar a existência de raras exceções, existem raros professores que motivam mesmo que não saibam disso, que têm conhecimento absurdamente valioso e não sei se eles percebem o quanto são especiais. Talvez sejam pessoas que enfrentaram o mesmo “fardo” apenas para justificar a própria vocação.
O sistema cria sistemas, surgem leis e mais leis, regras sobre regras, e aquilo que é precisa cumprir protocolo para de fato, ser... mas sempre foi!
Esse mundo é necessário, um mundo absorto do resto do mundo, e nem todos podem perceber isso, porque simplesmente não são e nem cumprindo protocolo poderão vir a ser.
Sempre haverá "gênios", os seres capazes de assimilar facilmente tudo, mas que não são capazes de assimilar a vida. Há os “espertos” que sempre conseguem burlar a vigilância e sempre conseguem boas notas sem nem sequer saber como. E o mais desmotivador: aqueles que com sua mediocridade conseguem sempre atingir as expectativas dos professores com temas previsíveis e iguais.
Mas existe uma coisa chamada milagre, que provém de uma dolorosa insatisfação, que alcança os que sempre foram... vou escrever um pouco sobre os “medianos”, estes são os que se sacrificam entre viver e estudar, que nem sempre podem fazer tudo que é proposto, porque precisam fazer escolhas de sua necessidade. Estes são aqueles que têm as ideias mais loucas e ouvem: isso não, escolha outro tema. São aqueles que não habitam entre círculos, que sentem sono e dor, que dizem: o que estou fazendo aqui? Mas que precisam de uma coisa, eles precisam de um registro de papel que comprove que eles são o que já nasceram sendo. São aqueles que mesmo sendo adjuvantes serão responsáveis pelo sucesso do espetáculo e não se importarão se tiverem de estar nos bastidores.